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O ADN é um material genético encontrado nas células do corpo. Uma pessoa recebe metade do seu material genético, ou ADN, da mãe biológica e a outra metade do seu pai biológico. O ADN pode ser extraído de apenas algumas gotas de sangue ou de células bucais. Os testes de ADN são baseados numa análise aos perfis genéticos da mãe, criança e alegado pai. Usando este tipo de teste, conclusões definitivas relativamente aos parentes biológicos podem ser alcançadas.
Os testes de paternidade são realizados através de um processo chamado PCR – Based Analysis. A análise PCR começa com um processo que amplifica áreas específicas do ADN de um individuo. Existem áreas específicas de ADN (chamadas de Locus, em inglês, Loci) que contém regiões de ADN conhecidas por STRs (“curtas unidades de repetição de ADN”). O número de repetições de cada locus genético é variável e herdado dos pais biológicos. Cada pessoa normalmente tem dois alelos, um herdado da mãe biológica e outro herdado do pai biológico. Os alelos detetados na análise PCR são listados em números no relatório e apresentam o número de repetições detetadas nesses mesmos alelos.
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Os resultados de paternidade mostram o tamanho dos alelos da mãe (se testada), da criança e do alegado pai. Quando os três são testados, os alelos que a criança recebe do pai biológico (chamados de alelos paternais obrigatórios) podem ser detetados, subtraindo a contribuição de ADN da mãe para a criança. Se o alegado pai não tem os alelos obrigatórios paternais em três ou mais, este é excluído como o pai biológico da criança. Se apenas o pai e a alegada criança são testados, e se estes não têm em comum três ou mais alelos, o alegado pai é também excluído. Quando o alegado pai tem os alelos paternais obrigatórios em todos os locus testados, então o alegado pai não é excluído como o pai biológico da criança.
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O índice de paternidade (PI) é a probabilidade genética a favor do alegado pai ser o pai biológico da criança. O PI é calculado para cada locus de ADN individualmente e apresentado no relatório. O PI é calculado de forma a se poder obter a probabilidade de o alegado pai ter contribuído para os alelos paternais obrigatórios versus a probabilidade de ter sido qualquer individuo aleatório masculino da população geral.
Por exemplo se o CPI (Combined paternity índex) Índice de paternidade combinado for de 10000, isto significa que o alegado pai em teste é 10000 vezes mais provável ser o pai biológico da criança do que um individuo masculino aleatório da população em geral. Se o alegado pai for excluído em três ou mais alelos, o PI será de 0 e o CPI também igual a 0, indicando que os dados são consistentes com a exclusão, ou seja, que o alegado pai não é o pai biológico da criança testada.
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A probabilidade de paternidade (expressa em percentagem) é calculada através do CPI e indica a probabilidade de paternidade baseada em todo o perfil de ADN extraído. Para converter o CPI em probabilidade é usada uma “primeira probabilidade de paternidade” de 0.5 no cálculo. Esta primeira probabilidade assume que o alegado pai tem as mesmas hipóteses de ser ou não ser o pai biológico da criança.
Os resultados de ADN com 0% de probabilidade significam que o alegado pai está excluído como o pai biológico da criança, ou que não pode ser o pai biológico. Uma probabilidade de 99% e acima significa que o alegado não está excluído como o pai biológico da criança.
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