Imagine que é uma mulher com um relacionamento sério. O pior acontece e é violada, ou existe um deslize extraconjungal momentâneo, surge uma Gravidez. Quais são as suas opções?
Até recentemente, não havia uma maneira confiável e segura para determinar a paternidade no primeiro trimestre. Isto significa que muitas mulheres optaram por interromper a gravidez sem saber quem era o pai da criança. Obviamente, isto não é ideal.
Se a mulher pode determinar a paternidade no primeiro trimestre, pode usar esta informação para ajudar à sua decisão para saber se deve ou não fazer a interrupção na gravidez. Sem dúvida, que este cenário leva a menos abortos à medida que mais mulheres optam por continuar com a gravidez até ao final.
A parte complexa de um teste de paternidade pré-natal está obviamente na extração do ADN fetal. Um método é a amniocentese. Neste procedimento, uma agulha é inserida no saco amniótico e o líquido é retirado. Este líquido contém muito ADN fetal, mas obtê-lo não é apenas um processo invasivo, também é normalmente feito entre a 15ª e a 18ª semana de gestação. Isto é tarde demais, para poderem decidir se devem ou não fazer a interrupção voluntária na gravidez.
Um outro método pode ser utilizado aproveitando o fato do ADN fetal flutuar no plasma do sangue da mãe. Estes testes (teste de paternidade pré-natal não invasivo) têm a vantagem de não serem invasivos e podem ser feitos muito mais cedo na gravidez… logo a partir da 8ª semana de Gravidez. A desvantagem das primeiras versões do teste pré-natal não invasivo (ano de 2008) é que não eram tão precisas quanto gostaríamos. Contudo isto foi ultrapassado e agora e um exame com 100% de fiabilidade.
Existem vários casos de mulheres (os mais conhecidos, são casos internacionais) que perderam o filho do parceiro porque pensaram que a criança era o resultado de uma traição, ou até o contrário seguem com a gravidez pensado que o filho é do parceiro e afinal é do homem com quem se envolveu. Isto é obviamente inaceitável.
Está a fazer 10 anos, que um par de novos testes, teste de adn durante a gravidez não invasivos chegaram ao consumidor final que são muito mais precisos. Ambos usam o ADN fetal encontrado no sangue da mãe, mas usam novas estratégias, algoritmos e tecnologias para melhorar a precisão.
Os Cientistas de uma empresa de testes de ADN apresentaram resultados num artigo recente no New England Journal of Medicine para aferir as suas alegações sobre a precisão deste exame. Este laboratório organizou uma experiencia em que tinham o ADN do pai e da mãe, e de um outro suposto pai. Esta foi uma experiencia “cega” em que os cientistas não sabiam qual dos dois tubos contendo o ADN dos homens era de facto do pai biológico. Após as análises o artigo mostra que o laboratório foi capaz de escolher corretamente o pai em 30 dos 30 casos. Repare que a hipóteses de isto acontecer aleatoriamente é de 1/ 1 bilião ou seja 0,000000001%.
Conforme pode verificar no estudo feito às cegas, em 30 casos, a tecnologia acertou 30 vezes isto garante uma fiabilidade de 100%.
A que se deve este êxito nos exames pré-natais? Bem, como aqui é descrito, a principal diferença é que o laboratório se concentra em pequenos pedaços de ADN que só poderiam ter vindo do pai. Qualquer ADN que encontrem no sangue da mãe que não corresponda ao dela deve vir do feto, bebé. Isto elimina qualquer problema de contaminação do ADN da mãe. Se todo esse ADN coincidir com o do pai, então ele é provavelmente o pai biológico.
Mesmo que pareça contraintuitivo, estes testes certamente diminuirão o número de abortos. E não apenas em casos de violação. Estes testes também levarão mais mulheres a manter os seus filhos em casos extraconjugais.
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